CAPÍTULOS

O QUE OS TECLISTAS REALMENTE QUEREM?

Antes de começarmos, é necessária alguma contextualização. Em 1972, a Roland lançou o primeiro synth japonês: o SH-1000. Quatro anos depois, o System-100 apresentou os sintetizadores modulares a uma audiência mais ampla e em 1978 o primeiro Jupiter (o Jupiter-4) fez a sua estreia. Começando nos anos 80 com o Jupiter-8, os sintetizadores e teclados da Roland foram recorrentemente utilizados nos hits musicais da altura, e os vários “sons da Roland” tornaram-se parte da criação do meio musical contemporâneo.

Durante esta altura – entre incontáveis sessões de gravação, ensaios e espetáculos – criaram-se relações próximas com músicos, muitos dos quais sem timidez para nos dizer o que querem. Este feedback e comunicação constantes resultaram no desenvolvimento de tecnologia para facilitar e melhorar a vida do músico. E a actual geração de teclados e sintetizadores da Roland está desenhada para sobressair em quatro áreas: som, teclados, user interface e confiança.

#1 O MÓDULO DE SONS

A escolha do melhor módulo de sons para a função
Um sintetizador ou teclado tem de soar maravilhosamente. Senão, qual é o objetivo? Se por um lado o tamanho, portabilidade ou o número de controladores são importantes, de nada valem se o instrumento não te dá vontade de tocar. Os teclados e sintetizadores da Roland oferecem uma variedade de modelos e tecnologias para todos os níveis, com um espetro de sons e capacidade de trabalhão transversal a todos os géneros musicais.

SE TOCAS SINTETIZADOR

(Sintetizador SuperNATURAL, crossover analógico/digital, puro analógico)
Talvez necessites dos sons mais expressivos de violino ou saxofone da PCM, ou de pads versáteis e drum machines clássicas, ou mesmo das formas de onda de síntese puras analógicas de um sistema modular genuíno. E que tal combiná-los todos? Independentemente do que precises, já não estás limitado só ao analógico ou só ao digital; podes misturar e juntar para satisfazer as tuas necessidades. Por exemplo, o JD-XA combina uma máquina analógica a quatro vozes, com uma máquina digital a quatro partes, junto com a possibilidade de encaminhar sons entre os vários componentes para possibilitar uma nova gama de sound design. A Roland é uma das poucas companhias com experiência requerida para oferecer os melhores métodos em gerar sons; escolhe só o que te satisfaz e começa a tocar.

SE TOCAS PIANO

(RD-2000, SuperNATURAL Piano)
Conseguir un piano digital convincente de verdad no es nada fácil. De hecho, a Roland le ha llevado décadas desarrollar las sofisticadas tecnologías necesarias para superar este reto. En 2009, Roland lanzó el revolucionario V-Piano, un instrumento con modelado físico que no emplea ningún tipo de muestras. La ventaja del modelado físico es un rango dinámico mucho más amplio, con agudos más brillantes y graves más oscuros, rebosante de color, carácter y caídas largas y naturales que se difuminan en la nada. Oirás armónicos más detallados al tocar pasajes fortissimo, y la repetición rápida de teclas no te obligará a renunciar a tu estilo porque el piano no esté a la altura. Como desventaja, el modelado físico es muy exigente a nivel de CPU y requiere el uso de costosos multiprocesadores. Para conservar lo mejor del modelado físico y reducir el precio a un nivel más asequible, Roland creó SuperNATURAL Piano, que combina el sampleado con la potente tecnología V-Piano. El nuevo RD-2000 representa el siguiente paso en esta evolución. Los dos motores permiten usar simultáneamente la tecnología V-Piano y enormes librerías de sonidos SuperNATURAL, así como una estrecha integración con el ordenador para disfrutar de una calidad máxima de 192 kHz/24 bits, todo en un único instrumento.

SE TOCAS ÓRGÃO

(Órgão TONEWHEEL)
O órgão é um ótimo exemplo da necessidade de especialização. Apesar de a maioria dos teclados e alguns sintetizadores incluírem uma coleção de sons de órgão, normalmente são uma imitação pálida do real. Isto em parte deve-se ao facto de, tal como o piano, um órgão convincente ser difícil de conseguir num instrumento eletrónico. A Roland desenvolveu a tecnologia Tonewheel para produzir os melhores sons de órgão e, quando combinada com os rotary effects e controlos do drawbar (mais, mais tarde), ficarás surpreendido com o bem que soam.

#2 O TOQUE DO TECLADO

A procura de um teclado que faz sobressair a tua criatividade
Com excelentes instrumentos, o som é apenas metade da equação… a outra é o toque. Quando um teclado ou synth é construído a baixo custo, a qualidade do movimento do teclado é a primeira coisa a ser afetada; é estranho quando se pensa nisso, pois é a única parte do instrumento que toca sempre. Uma máquina sonora poderosa necessita de um teclado que responda da mesma forma, para ser aproveitada ao máximo. Teclados “de prateleira” convencionais não eram suficientemente precisos, pelo que desenvolvemos várias tecnologias de teclados Roland, para traduzir as tuas ideias musicais em som.

Ação do Martelo, para um toque e performance autênticos

Muitos dos teclados de 88 notas da Roland têm uma ação do martelo ponderada, o que significa que as notas graves são mais pesadas ao toque, necessitando de maior pressão para tocar, e as agudas, por sua vez, são mais leves. Isto replica o toque/sensação de teclas num grand piano. Como tal, tocar um piano de cauda não quer dizer que tenhas de sacrificar o toque.

WATERFALL para uma técnica rápida de tocar órgão

Se queres incluir sons de órgão, necessitas de um instrumento que consiga aguentar as técnicas essenciais de tocar órgão, técnicas que incluem o drill, sputter e ultra-sharp glissandos. Menos que isto e perdes a ligação ao instrumento.

ACÇÃO DO SINTETIZADOR adorada pelos músicos pros

E se tocas sintetizador, podes não necessitar do peso nas teclas, mas precisas de ação rápida e precisa no triggering, que se mantenha de confiança por muitos anos

#3 INTERFACE DO UTILIZADOR

Desenvolvido durante décadas pela experiência e feedback de músicos profissionais
Tecnologia a mais pode ser uma distração e é fácil perder tempo a resolver problemas do que realmente a fazer música. Quer ainda estejas a começar ou te estejas a estabelecer com algum retorno da tua música, ninguém se pode dar ao luxo de perder tempo em estúdio. Alguma vez perdeste um dia inteiro a tentar pôr o teu setup a funcionar como deve de ser, sem conseguires dedicares tempo a conseguir compor? A filosofia da Roland produz instrumentos que impulsionam o processo criativo, através de interfaces intuitivos para o utilizador, que encorajam a experimentação e a criatividade. Vamos olhar para alguns benefícios óbvios:

Sintetizadores com muitos controladores, para cada pormenor do som

O JD-XA, por exemplo, presta homenagem aos gigantes knob-and-slider-laden dos anos 80, com muitos controladores para ajudar a ajustar qualquer aspeto do som. Isto resulta numa aproximação natural ao sound design, significando que é possível criar som da tua cabeça, rápida e facilmente. E se é fácil de experimentar e tentar algo novo, podes ter a certeza de que vais criar sons brutais, que vão fazer a tua música sobressair.

DRAWBARS para um tocar de órgão autêntico

Se tocas órgão, as pesadas drawbars que encontras no VR-09 V-Combo, dão-te aquela sensação autêntica do órgão, mas também duplicam a maneira conveniente de editar uma variedade de outros sons na placa, incluindo pads, baixos sintetizador ou piano.

Sintetizador MODULAR com muitas ligações CV/Gate

Se és o tipo de pessoa que adora explorar para além dos limites do sound design, a escolha quase infinita de sintetizadores emparelhados com ligações CV/Gate vai manter-te ocupado por um tempo indeterminado. Com base na icónica série System da Roland, dos anos 70, a atual gama de sintetizadores modulares analógicos System-500 faz-nos olhar para os dias em que as pessoas usavam blocos sonoros enormes para serem criativos.

Estes elementos (sound engine, qualidade do teclado e user interface) definem a longa gama de teclados e sintetizadores da Roland. Cada instrumento é desenhado a pensar em performance, ao mesmo tempo que oferece ao músico uma impressionante quantidade de possibilidades. E apesar de cada instrumento individual se focar em fazer o seu trabalho excepcionamente bem (por exemplo, stage piano, ou um sintetizador analógico punchy, ou um órgão “smoky”), quando começas a usar dois juntos, podes construir um rig de teclado poderoso e versátil, que te oferece um potencial musical enorme – mas no entanto ainda intuitivo e simples de usar.

A seguir vamos olhar para várias combinações de teclados e sintetizadores, e o que podes esperar, assim que os tiveres na ponta dos teus dedos.

Rigs básicos de teclados

Compacto, poderoso e focado, para estúdio ou palco
Muitos músicos mantêm as coisas simples e focadas, uma vez que muita tecnologia pode dificultar o processo de composição. Quando se procura por um novo teclado ou sintetizador, tem de se encontrar um compromisso entre começar rápida e facilmente – para poderes aprender como funciona – e também oferecer profundidade suficiente para te manter motivado, enquanto o teu conhecimento cresce e tu aprofundas as suas capacidades. Quer toques em espetáculos ou estejas feliz trancado no teu estúdio caseiro, há formas de começar a construir um rig de teclado menos caro, que encaixe perfeitamente na tua forma de compor ou tocar.

Rig Básico #1

VR-730 V-COMBO com JUNO-DS88
Ideal para tocar ao vivo, quando precisas de sons Rock e Pop

Este é um rig de teclado poderoso mas compacto, oferecendo uma ótima forma de tocar e controlo, perfeito para quando tocas mais que um espetáculo por noite. Tens opções compreensivas do Juno-DS88 (uma palete de sons enorme, importação de samples, phrase pad para triggers, mic input e teclado de 88 notas com weighted action), e o controlo focado do VR-730, com o som autêntico do tonewheel do órgão e drawbar de harmónicos.

Rig básico #2

Sintetizador JD-Xi com o JUNO-DS61
Ideal para trabalho de estúdio, principalmente música de dança

Combinando o Juno DS61 e o JD-Xi, os novos produtores atingem o máximo de versatibilidade a um preço confortável – incluindo a possibilidade de trabalhar com sons digitais poderosos e ricos e quentes sons analógicos. Com mais de 1200 sons “standard” na indústria, o Juno-DS61 contém uma lista de ferramentas de produção musical, incluindo o sample import, pattern-based sequencing e phrase trigger pads, e juntando-os, um ambiente de produção musical rápido e intuitivo. O JD-Xi traz uma nova perspectiva ao teu setup de produção, graças à máquina crossover analógica/digital, que oferece uma parte monofónica analógica para complementar a máquina digital de quatro partes. O JD-Xi é também uma ótima folha de rascunhos musical, perfeito para começar ideias, graças ao seu sequenciador interno, drum part, efeitos integrados e até um microfone goosneck/vocoder como standard. Também é um ótimo quadro para aprimorar som, incluido os controladores básicos mais importantes. E apesar de pequeno, o JD-Xi já foi usado em grandes espetáculos, tocado por Nick Rhodes dos Duran Duran e Kola Bello, na tournée Delirium de Ellie Goulding. Desenhado para caber nos setups de música moderna, tanto o JD-XA como o JD-Xi têm a mesma integração para DAW, incluindo baixa latência para interfaces USB ou áudio/MIDI.

A Filosofia do JUNO

Quando a Roland trouxe de volta o nome Juno, em 2003, muitas pessoas esperavam um sintetizador que refletisse os modelos originais Juno, que eram tão populares nos anos 80. Mas a filosofia Juno foi sempre sobre a oferta de coleções de sons versáteis a um preço alcançável, apesar da tecnologia original não ser capaz de, na realidade, recrear os sons realmente “reais”, tipicamente exigidos pelos músicos do dia. Então, os sons quentes e aproximados do Juno foram adotados por bandas pioneiras como os Duran Duran ou os Depeche Mode, que adoravam o facto destes sintetizadores não soarem como quaisquer outros. Passando a frente, umas décadas depois, e com a tecnologia agora no sitio, os novos Junos foram embalados com centenas de sons testados em palco, incluindo pianos, órgãos, cordas e baixos, junto com os sons assinados pela era analógica da Roland. Uma gama de sintetizadores de baixo preço e portáteis, com uma vasta escolha de sons profissionais, a família Juno veio a tornar-se uma das linhas mais populares da Roland.

Rigs de teclado avançados

Quando necessitas da melhor ferramenta para cada trabalho
Cada vez mais, se és um teclista profissional tens de ser versátil e adaptável. Tours e concertos estão cada vez mais complicados, com cada espetáculo a colocar uma grande exigência aos músicos em palco – desde técnicas a perspectivas de performance. Recriar o som do disco é essencial e se estás a trabalhar com um artista que gosta de experimentar durante o concerto, também tens de estar preparado para a eventualidade – e ser capaz de rapidamente dominar uma larga variedade de cenários musicais. Depois há a questão da confiança e ser capaz de fazer as coisas acontecerem rápida e facilmente – extremamente importante, quando estás a tocar em frente a milhares de pessoas que pagaram para ser entretidas. Finalmente, claro, há a qualidade de som – precisas de conseguir preencher grandes espaços, com sons ricos e poderosos.
Vai a qualquer concerto grande e verás que se há um teclista em palco, eles normalmente têm mais que um teclado no seu rig. Há algumas razões para tal, mas a mais óbvia é que podem precisar de tocar mais que um instrumento ao mesmo tempo. E, às vezes, o problema do design de algumas workstations é terem funções essenciais enterradas em menus e sub menus – nada ideal, quando precisas de fazer uma mudança rápida de som, no meio de um alinhamento. Ou, as vezes, só precisas do melhor som de piano que encontrares, mas também do melhor som de órgão ou sintetizador existente... e isso quererá dizer dois teclados diferentes, pois um só teclado raramente faz isso tudo.

RIG AVANÇADO #5

Workstation FA-08 com o sintetizador crossover JD-XA analógico/digital
88 notas, sons profissionais com o poder de um crossover analógico/digital

A escolha perfeita para quem toca sintetizador profissional, com um background de piano. Apesar de ser um teclado 88-note weighted-action, o FA-08 entrega qualidade de topo, sons “pão e manteiga”, junto com a opção de sample import, enquanto o JD-XA é perfeito para som detalhado, esculpindo possibilidades únicas no sound design. Podes enviar partes analógicas diretamente pela secção analógica de output, ou fazer routing de volta para o banco de efeitos digitais e juntar às partes digitais para, realmente, estoirar com tudo. A partir do momento que muitos teclistas profissionais têm o portátil cheio de software de música, quando em tournée, ambos os instrumentos incluem interface de baixa latência áudio/MIDI, com numerosos controladores mapeáveis nos painéis frontais.

Rig AVANÇADO #6

O melhor piano de cauda com a melhor ferramenta de sound design

O rig de teclado perfeito para a melhor experiência em palco. O RD-2000 oferece a sensação e som mais autênticos do grand piano no mercado, em que o System-8 oferece a capacidade de usar recreações ultra-realistas do Jupiter-8, Juno-106 e ProMars em um teclado de palco confiável e poderoso.

PERFIL DO ARTISTA: Peter Gordeno (Depeche Mode)
Até hoje, depois de duas décadas na indústria musical, Peter Gordeno ainda é um homem em movimento. Como produtor e escritor de músicas, tem créditos com artistas como JLS, Il Divo e Seal, enquanto o seu trabalho como teclista de sessão de topo, diretor musical e criador de arranjos, levou-o à orbita dos U2, The Who e George Michael. Talvez na maior papel ligado a alguém, Peter esteve em tournée com as lendas da música eletrónica Depeche Mode, desde 1998, garantindo que os clássicos synth-pop como Personal Jesus, mantém a sua majestosa escuridão na era moderna. Como um aficionado ao analógico que viveu a revolução digital – sem mencionar, ser um convesso “piano snob” – para cativar o ouvido do Peter, tem de ser um teclado especial. Procurou o novo JD-XA e o RD-800 e incluiu no seu setup, quando os Depeche Mode voltaram à estrada, em 2016.