Bio
Serginho Herval teve o primeiro contato com as baquetas em 1963, quando tinha 5 anos de idade. Não foi difícil para seus pais verem o dom do filho, que conseguia tocar todos grooves dos Beatles e Jovem Guarda em algumas latas de leite em pó. Aos 10 anos seu pai deu uma bateria de verdade, e a partir disso devemos apenas ver e reviver na história, tudo que Serginho Herval já fez e vem fazendo em prol da música no Brasil.
De 1968 até 1974 foram muitas festas, bailes, casamentos e tudo que um músico principiante precisa ter no seu curriculum. De 1975 até 1977 adquiriu novas experiências, tocando com a banda de rock “A Bolha” (em sua última formação), conhecendo músicos fabulosos como Marcelo Sussekind, Renato Ladeira, Pedro Lima, Lincoln Bittencourt, Arnaldo Brandão, Liminha e logo em seguida acabou conhecendo o tremendão Erasmo Carlos, que montou uma parceria de shows nos quais “A Bolha” fazia a abertura de seus eventos e o acompanhava.
A partir de 1978 chega então a oportunidade de integrar a formação do grupo de baile “Os Famks”, ambiente que Serginho estava com saudades e aceitou reviver os momentos do início da carreira.
Em 1980, surge a oportunidade de uma apresentação no festival de música da Rede Globo - MPB 80, onde tocaram a canção “No Colo Del Rey” sendo muito aplaudidos. A partir daí tudo que for dito é redundante, pois o Roupa Nova, é formado por 6 músicos extremamente talentosos que se dedicam ao máximo naquilo que estão trabalhando.
Em 1985, último dia do Rock in Rio I, surgem 6 músicos vindo de férias interrompidas, para dentro dos estúdios da Transamérica (RJ). Eles foram requisitados para gravar o novo jingle dos cigarros Hollywood, porém com o icônico Mr. David Coverdale, vocalista do Whitesnake. O próprio David ouviu a versão que o Roupa tinha feito há algum tempo atrás e pediu que fosse gravado o mesmo arranjo.
Experiências como essas, ficam pra sempre na mente dos integrantes do Roupa Nova. Em 1992 quando estavam finalizando a mixagem do CD “De Volta Ao Começo”, Serginho recebe um telefonema de Kim Poor, na época esposa do guitarrista Steve Hackett, ex-Genesis, dizendo que o baterista do Steve tinha sofrido acidente surfando na praia de Ipanema (RJ) e estava impossibilitado de realizar os dois shows na antiga casa de espetáculos Palace (SP). Ela então, pergunta se Serginho topa o desafio de assumir essa responsabilidade nos shows seguintes em São Paulo. Como Serginho sempre enfrentou desafios, topou, e os shows seriam 24 horas depois dessa conversa por telefone. Foram exatamente 12 horas ininterruptas de audição num walkman com o show de Steve Hackett realizado em São Francisco e gravado em uma fita K7. O empresário do Steve queria cancelar o show, mas ficou impressionado no sound-check, pois Serginho havia decorado 90% do show, afinal nada como um baile atrás do outro pra dar essa prática.